
Aqui está um assunto que sempre foi um verdadeiro leigo, e como tudo na vida para se falar de algo tem que se conhecer, dai que dei uma volta por o mundo virtual em busca do sentido que move multidões e milhões de euros todos os dias...
Diz-se por ai que
as bolsas de valores na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia vêm registrando quedas tão vertiginosas nos últimos dias que vários bancos centrais tiveram que intervir e injectar liquidez no mercado.Uau... e o que significa isto? O que raio se passa que faz com que o mundo financeiro atravesse um verdadeiro terramoto?
Em busca da razão para o nervosismo do "mercado" registrado nos últimos dias, o calcar em temores de uma crise no mercado imobiliário americano, principalmente por causa dos chamados empréstimo de risco ou sub-prime. hum... e o que é isso?
Ora vamos lá ver se conseguimos ter uma ideia, consta que várias empresas importantes no mercado global perderam capital com as quedas nas bolsas nos últimos dias – apenas mais uma das registradas nos últimos tempos. Algo que nos parece óbvio não fosse os milhares de noticias que fazem correr a tinta nos jornais... estamos todos em crise...
Depois surge-nos a noticia que o banco francês BNP Paribas decidiu congelar três fundos de investimento por não ter a certeza do valor deles, cresceram os temores de que outros fundos "caíram" por maus devedores viessem à tona.
Mas o que é um empréstimo sub-prime?
Diz-se por ai que é: "Em termos simples, não passa de um empréstimo concedido a pessoas que têm histórico de crédito duvidoso ou não têm como comprovar a renda."
hum... acho que fiquei na mesma... bem, mas uma coisa é certa, é dar dinheiro a quem não oferece condições para o suportar... pelo menos que se vejam...
Esse tipo de empréstimo é muito popular na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos (onde mais podia ser?) e manifesta-se sob diferentes formas.
Na sua forma mais simples, ele pode ser um empréstimo de baixos valores em dinheiro para pessoas de baixo rendimento, e cobrado na própria casa do endividado, a nossa tão popular hipoteca, compramos algo que não é nosso, mas há-de ser, esperamos nós!
Ora, no nosso humilde ponto de vista, podemos pensar que não tem nada de mal, a percentagem de pessoas que não tem o dinheiro todo no "bolso" para comprar casa sem recorrer a crédito é muito baixo!
Mas será que é assim tão simples?
Como será que isso pode acfetar o mercado mundial?
Ora nos últimos anos, as taxas de juros extraordinariamente baixas nos Estados Unidos (não nos podemos queixar dos mesmo..."Desce euribor! desce!") levaram a que os bancos e outras instituições financeiras concedessem muitos empréstimos sub-prime (a quem não deviam...).
Isso funde-se em que mesmo que as pessoas não tivessem como saldar a sua dívida, os bancos recuperariam o seu dinheiro recorrendo a execução do imóvel.
E com os aumentos de preço que se vive no mercado imobiliário até ficam a ganhar.
Ora contudo os juros subiram e o incumprimento por parte dos devedores aumentaram (ninguém é de ferro! nem os americados). Com isso, o mercado imobiliário americano entrou em baixa, e vários bancos já vão encontrando dificuldades por causa dos maus devedores, e da dificuldade em vender os imóveis.
Como consequência da globalização dos mercados, essas hipotecas, são vendidos a instituições financeiras e investidores em todo o mundo.
Até que chegou a um ponto que ninguém, nem mesmo os bancos centrais, conseguem saber com certeza quantos desses títulos estão na posse de por maus devedores.
O que poderia parecer o paraíso, tornou-se um abuso, e as consequências dessas acções, revelam-se no presente, como um grande entreve à sobrevivência económica das instituições bancárias. Nesse aspecto é característica do Ser Humano, americano, mexicano, chinês, irlandês etc, não pensar no futuro!
Mas será que isto fica por aqui?
Imaginando que bancos centrais possam controlar o pânico no mercado financeiro, já se vem a verificar uma mudança na percepção de risco no mercado.
Geralmente, quanto mais arriscado o investimento, mais altas as taxas de juros, mas agora, taxas adicionais de "risco" devem ganhar cada vez mais espaço. É coisa que não nos falta: TAXAS!
E assim, quando os potenciais credores ficam com medo de emprestar dinheiro, o movimento natural é uma fuga para investimentos de baixo risco, logo, houve uma corrida para investimentos em títulos do governo americano e em câmbios seguros, como o iene japonês. Há sempre uma hipótese de fuga... se não há cria-se!
Por outro lado, as taxas de juros para empresas menores e governos de países de Terceiro Mundo subiram consideravelmente. Olha a novidade...
Tudo isto, e claro que a compra de empresas falidas começa a ser um risco indesejado, pode significar que venham a descer drasticamente, uma vez que grande parte das aquisições foram financiadas por acções de outras empresas privadas que emprestavam dinheiro facilmente.
E chegamos ao ponto da questão... pode derrubar o mercado de acções a curto prazo.
Flutuações nas bolsas são ocorrências normais e não há como prever o grau da queda ou mesmo a duração.
Os mercados registraram altas acentuadas nos últimos 18 meses, e as actuais quedas podem simplesmente levá-los de volta aos níveis anteriores.
Em geral, os lucros das empresas têm sido grandes, e a economia mundial parece estar vivendo um renascimento, principalmente na Europa (afinal por cá não é assim tão mau!) e no Japão.
No entanto, as bolsas de valores estão preocupadas com as tendências futuras, e o nervosismo actual pode indicar uma suspeita de que os lucros das empresas já tenham atingido o seu auge.
Em suma, como tudo isto, leva a que menos investimentos se façam, pois quem é o doido a arriscar numa oceano instável que nem sempre pode dar bom fruto?
E é assim que a bolsa sofre, e a economia pára...
Parece simples não é? pois eu fiquei na mesma... mas também não estou interessado em investir, dai que fique ainda pela ignorância do assunto...
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