Aetate nostra

Alea jacta est

quinta-feira, julho 19, 2007

Sem saber

Bem, ora cá estamos nós em mais uma noite perdida que sem tino me faz debruçar sobre este teclado na tentativa frustrada de escrever algo...

Frustrada porque hoje é daqueles dias que não me apetece escrever sobre nada, se em regra, simplesmente abomino falar em temas que andam na boca do mundo, hoje é daqueles dias que nem consigo pensar em tema algum capaz de saciar a vontade sempre presente, embora pouco manifestada, de escrever...

Falar sobre a actualidade, ora seria a coisa mais banal e esperada, que bombardeiam a blogosfera portuguesa...

Dai, e por entre o contacto com o grande amigo Max, que parece que também não dorme, (é por isso que a justiça anda como anda... com sono...) que surgiu do nada um tempo interessantíssimo! O Pai Natal! É verdade... o Pai Natal... e perguntam vocês, "O Pai Natal? O que tem a haver com isto?"

E perguntam muito bem!!
E até vos respondo: TUDO!

O Pai Natal, este ser deveras merecedor de aparecer em tudo o que é capa de revista cor de rosa, e não só, pode ser também nas azuis bebes, nas vermelhas, amarelas, verdes e até a preto e branco, embora nao lhe favoreça a cor dos olhos, está em todas!

Vejamos, ele aparece apenas uma vez por ano, e mesmo assim quando chega está em todas! revistas, postais, hotéis, lojas, táxis, na TV, na mercearia da esquina, no jornal de domingo, no chavena do café, até no papel higiénico, o que se diga de passagem não é a melhor publicidade que se esperava, mas nesta guerra de consumismo vale tudo!

Como se disse, só sai uma vez por ano de casa, e nos restantes 364 dias do ano é o mais esperado, por milhares de pessoas (leia-se crianças e alguns adultos com problemas ou traumas ocorridos na puberdade).

Sei que é de facto um absurdo falar do Pai Natal nesta altura do ano, ainda mais em pleno Verão... Mas o que de facto devia ser o Natal senão uma época em que supostamente o amor e a paz deveria reinar entre os homens? Em que o sentido de solidariedade se exalta e de repente todos querem ajudar o próximo, fazer as pazes com aquele familiar a quem se disse cobras e lagartos, oferecer prendas a pessoas que nos são importantes, ou não... sim, porque grande parte das prendas que nos levam os Euro que temos e os que não temos, são puros actos inúteis de mostrar que afinal não se esqueceram do presentiado! É claro que ele vai pensar: "pois, devem-lhe ter oferecido esta foleirice e ele veio dar-me para não jogar antes no lixo!"

Mas sendo um perfeito optimista, coisa que o meu amigo Max me diz que é sempre bom, (ou não) e acreditando que o Natal é só uma data praticamente universal de comemoraçao do amor e da paz, porque não trocarmos? deixamos um dia sem ser Natal, e os restantes 364 (se o amigo Max não me enganou na quantidade de dias que o ano tem) sendo Natal!

Calma, podemos esquecer as prendas, o tronco de Natal, os efeitos, as mariquices e tudo mais!

Porque pensem comigo, quando é que precisamos de paz? não é quando estamos em guerra? quando é que precisamos de amor? não é quando estamos tristes? quando é que precisamos de ajuda? para muitos não é todos os dias?

Então qual é o sentido de deixarmos toda a nossa energia para um só dia quando se todos fizermos um pouco por dia, contribuímos largamente para um mundo melhor?

Sim, eu sei, estou a ser utópico, e daqui a nada estarei a falar em reciclagem e poluição e perguntar-me que futuro terão os nossos netos e afins...

Mas talvez se fôssemos todos um pouco mais utópicos que sonhadores, e em vez de sonharmos constantemente que nos vai sair o Euro Milhões, ou que vamos casar e ser felizes para sempre, ou ser promovidos e ganhar o triplo do que ganhamos, (no nosso caso Max, é mesmo ter uma chuva de clientes) as coisas realmente teriam um outro rumo...

Sei o como é difícil imaginar que uma esmola de 0,50 cêntimos ira mudar o mundo... mas pode até ser um inicio!

Talvez...

Ou talvez se simplesmente fizemos alguém feliz, e por vezes é necessário tão pouco para que isso aconteça, e por vezes uma simples palavra como "adoro-te" ou uma expressão como "és importante para mim" pode de facto mostrar que o sol afinal pode ainda brilhar mais do que era esperado.

Bem... mas que conversa da treta... é o que eu digo isto assim não vai a lado algum... será sinal de que estou carente? hehehe não me parece, mas também não me licenciei em psicologia para tecer qualquer comentario dessa natureza!

Simplesmente deu-me práqui! podia ser pior...

Mas olha, Max, como pelos vistos és o único que esta acordado a esta hora, e até estas a ser simpático em me aturar a esta hora (e pelo texto, dá para ver que não é nada fácil), fica aqui o elogio, sim porque isto de pregar aos milagres e depois menosprezar os santos não esta com nada!

Max, para além de um exímio escritor, és um grande Amigo, um "puto" muito porreiro, e um verdadeiro guerreiro, ou se preferires um verdadeiro ribatejano, no sentido que agarras o touro pelos cornos! hehehe espero que venhas a ter tudo o que esperas da vida... quer dizer isso também depende daquilo que queres! lol

Será que já fiz a minha parte e é suficiente? não me parece, mas o dia de amanhã/hoje será grande, vamos lá ver se não me esqueço de tanto idealismo que aqui deixei espelhado.

E viva ao Pai Natal! :)

1 Comentários:

  • Às 6:14 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    De facto "és importante para mim" é a expressão chave desta verborreia que escreveste:). Tu é-lo para mim, sem espaço para dúvidas, porque noites como as de ontem e textos como estes, pontuados aqui e ali pela intimidade desta confiança mútua que construímos, fortalecem os nossos laços. Tornam-nos próximos. Fazem-me feliz e, por arrasto, espero que o sejas também. :))

    E viva o Pai Natal, o Rudolfo e os maganos dos duendes rabetas!!:)

     

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